terça-feira, 10 de novembro de 2015

Dos mais de 300 atores oscarizados só 14 são negros. E não, isso não é por acaso

O prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas surgiu em 1927. Naquele ano apenas filmes mudos foram indicados. No ano seguinte, só os falados. Mais tarde, filmes coloridos. Levou 13 anos para a primeira pessoa negra levar um prêmio de atuação para casa. E o que parecia ser uma revolução e uma abertura de mentes definitiva tornou-se um evento isolado na história da Academia, que só repetiu a dose após mais de duas décadas.

As primeiras 55 edições

1940 é um ano histórico para o cinema estadunidense, não só porque todos os filmes indicados em 1939 se tornaram grandes clássicos do cinema, mas porque pela primeira vez em 13 anos de Oscars uma negra estava presente na cerimônia sem ser para servir mesas ou limpar o chão. Hattie McDaniel foi a inesquecível Mammy de “E o vento levou”. Essa papel deu a ela o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Ela sequer ia ser convidada para a cerimônia. Acabou sendo, mas sem poder se misturar. Foi obrigada a sentar no canto, no pior lugar. Ganhou o prêmio e foi aplaudida por todos — com “todos”, entendem-se “as centenas de pessoas brancas que lá estavam” — numa das mais icônicas sambadas na cara da sociedade que uma mulher negra já deu.
Aquela foi uma noite histórica. E levou 23 anos para um segundo ator negro levar um Oscar de atuação. Em 1964, Sidney Poitier tornou-se o primeiro ator negro a conquistar a estatueta de Melhor Ator pelo filme “Uma voz nas sombras”. E o fato só voltaria a se repetir quase 20 anos depois, quando Louis Gossett Jr. levou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante, em 1983, por “A força do destino”.
Vocês estão contando comigo? Em 55 edições do Oscar, TRÊS atores e atrizes negros foram premiados. A primeira, Hattie McDaniel, morreu em 1952 e não pode ser enterrada onde desejava porque era negra. Sidney Poitier hoje tem 88 anos e foi o primeiro negro a receber um Oscar honorário (em 2002) pelo conjunto de seu trabalho. O cara também foi um recordista no Festival de Berlim (ganhou 3 Ursos de Prata) e ainda foi embaixador. Louis Gossett Jr. está há uns anos sem fazer trabalhos destacáveis.

De 1990 pra cá

Aí chegou a década de 90 (sim, 9 anos depois do último vencedor) e Denzel Washington (Ator Coadjuvante) foi ovacionado no palco por “Tempo de Glória”. Whoopi Goldberg (Atriz Coadjuvante) levou seu Oscar em 1991, por “Ghost”. 6 anos depois, Cuba Gooding Jr. foi agraciado como Melhor Ator Coadjuvante por sua performance em Jerry Maguire. Veio o Século XXI, mas só em 2002 atores negros foram premiados. Halle Berry se tornou a primeira atriz negra a receber o Oscar de Melhor Atriz por “A última ceia” (sim, na 75ª edição) e Denzel Washington ganhou sua segunda estatueta, novamente de Ator Coadjuvante, por “Dia de treinamento”.
Mais tarde, em 2005, foram Jamie Foxx (Melhor Ator por “Ray”) e Morgan Freeman (Melhor Ator Coadjuvante por “Menina de Ouro”). Em 2007, Jennifer Hudson, em seu primeiro filme (Atriz Coadjuvante por “Dreamgirls”) e Forrest Whitaker (Melhor Ator por “O último rei da Escócia”). Em 2010, Mo’Nique arrasou muito em “Preciosa” e levou a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante pra casa. Em 2012, foi a vez de Octavia Spencer, mais que merecidamente, ser consagrada como Melhor Atriz Coadjuvante por “Historias Cruzadas”. Em 2014, Lupita Nyong’o recebeu seu Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “12 anos de escravidão”. Foi a primeira vez em 87 anos que um filme dirigido por um negro levou Melhor Filme no Oscar.

“Então agora já tá tudo igual, né?”

De 2000 pra cá mais atores negros venceram o Oscar do que em todo o Século XX. Isso não indica que não há mais racismo em Hollywood. Aliás, as condições ainda estão muito, mas muito longe de serem igualitárias. Se a gente fizer uma média de 4 pessoas ganhando Oscar por atuação a cada edição do Oscar de 1927 a 2015, isso dá o total de 352 atores (176 atores e 176 atrizes). De 352, 14 são negros.
De forma alguma esse número revela falta de competência ou de talento das atrizes e atores negros em Hollywood, mas sim a falta de oportunidade da qual Viola Davis falou quando recebeu seu Emmy por “How to get away with murder?”. A esmagadora maioria dos blockbusters americanos foram protagonizados por brancos e com um elenco de apoio branco. A maioria dos grandes produtores? Brancos. A maioria dos donos de estúdios e suas diretorias? Brancos. O racismo está incrustado na grande indústria Hollywoodiana e é comum vermos que as “grandes apostas” do cinema norte-americano são brancos, que raramente fogem de um padrão de beleza caucasiano e segregador. Aí vem um tal de George Lucas e põe uma mulher e um negro para protagonizar capítulos de uma das maiores sagas da história do cinema… E isso “divide opiniões”. Bem que os sexistas e racistas podiam ganhar uma passagem só de ida para uma galáxia muito, muito distante, né?
E não se trata apenas de aumentar a quantidade de papeis para pessoas negras, mas dar a elas personagens que não reforcem estereótipos. Exemplo: dos papeis que renderam Oscar a atores e atrizes negros de 1927 pra cá, em pelo menos 10 casos identifiquei que os personagens vivem em situações nada privilegiadas e, em alguns, humilhantes. Sim, é ficção, mas, no fim, isso ajuda a reforçar uma imagem racista de que negro é submisso e/ou desonesto. Entre os personagens há escravos, empregados domésticos pós-escravidão, desempregados, malandros e corruptos. 10 de 15 (visto que o Denzel ganhou Oscar duas vezes).
Quando um negro ganha um Oscar ou qualquer grande premiação audiovisual mundial a comemoração é dupla: primeiro pelo excelente desempenho e segundo por ser a entrega de uma premiação justa pra quem, historicamente, quase nunca ganha. Mas deveria ser tripla, isso se os papeis fugissem da mesmice. E a indústria cinematográfica americana, que tanto consumimos e admiramos, pode fazer mais e melhor na questão da igualdade racial. Ela ainda é uma ilusão — e não só em Hollywood. Hollywood é só uma vitrine dos hábitos e da moral da sociedade. Esse texto é sobre a sociedade em que vivemos.

Em meio à crise, bancada ruralista ensaia novo golpe ao brasileiro

Projeto de lei avança no Congresso e pode disseminar sementes propositalmente estéreis produzidas por multinacionais
 
por Sue Branford* 

Grupos de lobby costumam se aproveitar de governos enfraquecidos, e o Brasil não é exceção. Em meio à atual crise política, a bancada ruralista no Congresso se movimenta para aprovar um projeto de lei que modificaria a Lei de Biossegurança. Se aprovado, o PL 1117 fará do Brasil o primeiro país no mundo a legislar em favor do cultivo comercial de plantas propositalmente estéreis, afrouxando a proibição às chamadas sementes Terminator.
Ambientalistas acreditam que o PL, hoje avançando no Congresso com pouca discussão, representa uma das maiores ameaças de todos os tempos à biodiversidade brasileira.
A intenção da bancada ruralista não é nova. Desde a aprovação da Lei de Biossegurança em 2005 esses parlamentares tentam liberar o cultivo de plantas Terminator. A diferença desta terceira tentativa é que nunca as chances de aprovação foram tão grandes.
O filho da ministra de Agricultura, Kátia Abreu, Irajá Abreu (PSD-TO) apresentou o primeiro projeto de lei em 2005 e hoje comanda a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. É nesta comissão que Alceu Moreira (PMDB-RS) apresentou o novo texto.
Gerson Teixeira, especialista em desenvolvimento agrícola e crítico da iniciativa, vê poucas chances de obstruir a aprovação: “a bancada ruralista tem um céu de brigadeiro à sua frente”.
Muito parecido com os dois anteriores, o novo PL reduz a proibição das Tecnologias Genéticas de Restrições de Uso, as GURTs, comumente chamadas de Terminator. Tratam-se de sementes transgênicas modificadas para se tornarem estéreis a partir da segunda geração.
O projeto libera essas sementes nos casos de “plantas biorreatoras” ou plantas que possam ser “multiplicadas vegetativamente”. Plantas biorreatoras incluem qualquer planta modificada geneticamente para uso industrial -- por exemplo, para a indústria farmacêutica ou para a produção de biocombustíveis.
Plantas “multiplicadas vegetativamente” são aquelas que se reproduzem assexualmente. Essas exceções irão permitir o uso de espécies estéreis no cultivo de algumas das lavouras principais no Brasil, como cana-de-açúcar e eucalipto.
As sementes seriam também liberadas para o cultivo de plantas consideradas “benéficas para a biossegurança”. Essa linguagem vaga introduz outra brecha interessante aos produtores das sementes transgênicas. Caberia a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), onde a bancada ruralista goza de boa influência, a decisão sobre o que é “benéfico para a biossegurança”.

domingo, 8 de novembro de 2015

Concurso TRE-PE 2015: Saiu edital para nível médio/técnico; Inicial de R$ 6.224,79


Um dos órgãos mais almejados pelos concurseiros do nordeste do país, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (Concurso TRE-PE 2015), publicou noDiário Oficial da União desta sexta-feira, 06/11, o edital de abertura de seu concurso público para preencher oportunidades de técnico judiciário (nível médio/técnico) para o seu quadro de pessoal.  São oferecidas 5 vagas imediatas, além da formação de cadastro de reserva, que deverá ser utilizado durante o prazo de validade do certame, que é de 2 anos, podendo dobrar. Há reserva de vagas para negros e pessoas com deficiência. 
A oferta contempla os cargos de Técnico Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidades: Operação de Computadores e Programação de Sistemas, que requerem nível médio, acrescido de curso técnico na área. Um dos motivos para o concurso TRE-PE 2015 ser um dos mais almejados  é a excelente remuneração, que atualmente é de R$ 6.224,79, já somados o vencimento-base, a Gratificação de Atividade Judiciária (GAJ), a Vantagem Pecuniária Individual (VPI) e o auxílio-alimentação. Além dos atrativos valores, a conquista da estabilidade também é outro incentivo aos candidatos, já que a contratação é pelo regime estatutário. Apesar do número de vagas aparentemente reduzido, o tribunal tem tradição de empossar um número de aprovados muito maior do o inicialmente oferecido, possibilitando mais convocações durante a validade do concurso.
Os interessados poderão se inscrever a partir das 10h do dia 13 de novembro às 23h59 do dia 30 de novembro de 2015. Para tanto, deverão acessar o site do organizador, o Cespe/UnB, e preencher o formulário. Para efetivar a inscrição, o candidato deverá efetuar a quitação da taxa, de R$ 65,00, por intermédio de Guia de Recolhimento da União (GRU), exclusivamente no Banco do Brasil, e correspondentes bancários, incluindo o Banco Postal.  O pagamento da taxa de inscrição deverá ser efetuado até o dia 14 de dezembro de 2015.
A novidade para este concurso está nas provas objetivas, que não seguirão o padrão Cespe, sendo composta por 60 questões de múltipla escolha, com cinco opções (A, B ,C ,D, E). Haverá ainda aplicação de prova de estudo de caso para as áreas especializadas de técnico e analista. Para a área administrativa dos cargos de técnico e analista será aplicada uma prova discursiva/redação. Os exames serão aplicados no dia 28 de fevereiro de 2016, no turno da tarde, somente em Recife/PE, contendo 3h30min.

Detalhes:

  • ConcursoTribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (Concurso TRE-PE 2015)
  • Banca organizadora: Cebraspe (Cespe/UnB)
  • Cargos: Técnico Judiciário
  • Escolaridade: Nível médio/técnico
  • Estado: Pernambuco
  • Número de vagas: 5 + CR
  • Remuneração: Até R$ 6,2 mil
  • Inscrições: Entre 13 de novembro de 2015 e  30 de novembro de 2015
  • Taxa: R$ 65
  • Data da prova: 28 de fevereiro de 2016 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Dom Quixote, o aniversário do maior clássico, por Urariano Mota


O mundo culto celebra neste 2015 os 400 anos da publicação da segunda parte do  Dom Quixote. Na Wikipédia, o resumo das simplificações na internet, se escreve:
“O Dom Quixote é considerado a grande criação de Cervantes. O livro é um dos primeiros das línguas europeias modernas e é considerado por muitos o expoente máximo da literatura espanhola”.
É muita modéstia para um dos maiores gênios que já houve, porque a sua obra-prima é, pelo menos, o expoente de toda literatura moderna.
Para esse aniversário, lembrou a jornalista Sylvia Colombo:
“Esta segunda parte, que se celebra agora, traz a particularidade de levantar questões em torno do conceito de “autor” e “personagem”, assim como sobre o significado a autoria naqueles tempos em que releituras e apropriações eram tão comuns. É preciso lembrar que Cervantes não tinha intenção de escrever esse segundo volume do ‘Quixote’ até que o sucesso do primeiro provocasse uma enxurrada de obras apócrifas protagonizadas por seu herói. Quando veio à tona a de um Alonso Fernández de Avellaneda, publicada em 1614, fazendo imenso sucesso, Cervantes se incomodou e contra-atacou com a sua versão da continuação das aventuras do cavaleiro. Nela, denunciava de maneira irônica a versão apócrifa dentro da própria narrativa. A Espanha que surge nessa segunda parte também já é uma Espanha diferente, menos rural e migrando para as cidades.”
E aqui eu cito o maior criador da literatura que já houve, quando ele faz o seu personagem criticar a falsificação do Dom Quixote:
“... seu dia de São Martinho há de chegar, como o chega a todo porco, pois as histórias inventadas tanto têm de boas e deleitosas quanto mais se aproximam da verdade ou de sua semelhança; e as verídicas, quanto mais verdadeiras, melhores são”. Que belo pensamento e lição literária, que alcança todas as falsificações literárias até hoje, em escritores vazios de experiência mas cheios da pretensão de possuírem uma fantasia imensa. As histórias inventadas são boas quanto mais próximas forem da verdade. 
Mas espero que por favor se evitem, no grande aniversário da segunda parte do Dom Quixote, as linhas de Cervantes recontadas, um crime não faz muito cometido por Ferreira Gullar. Como declarou o poeta adaptador  ao Estadão: “Os diálogos longos e as descrições foram enxugadas”. Isso lembra mais um copidesque na velha redação do jornal. Brincadeira. A pretexto de um didatismo que pressupõe incapacidades, penso que não se deve adaptar um clássico para versões em  quadrinhos ou leituras mais simplificadas. Será o mesmo que furtar uma riqueza, na vã presunção de que um adolescente não entenda a imensa diversão que é ler Cervantes. E teremos um crime de falsificação, enfim. Todo jovem que ler essa adaptação pensará que conhece o Dom Quixote
No original de Cervantes, por exemplo, está escrito:
“y más cuando llegaba a leer aquellos requiebros y cartas de desafíos,
donde en muchas partes hablaba escrito: ‘La razón de la sinrazón que a mi razón se hace, de tal manera mi razón enflaquece, que con razón me quejo de la vuestra fermosura’. Y también cuando leía: ‘Los altos cielos que de vuestra divinidad divinamente con las estrellas os fortifican y os hacen merecedora del merecimiento que merece la vuestra grandeza’. Con estas razones perdía el pobre caballero el juicio. .”
Mas em Ferreira Gullar para o mesmo trecho:
“Encantado com a clareza da prosa e os volteios do estilo, o pobre cavaleiro foi perdendo o juízo”.
Viram? Perderam-se a graça e a ironia magnífica de Cervantes.
E aqui lembro o que observei uma vez sobre as adaptações de Machado de Assis para jovens: adaptar um clássico é o mesmo que esconder dos leitores o melhor do escritor, porque não se acredita que um adolescente seja tão inteligente quanto o indivíduo que adapta. Imaginem, é exatamente o contrário. Note-se que o problema não é só de forma, de linguagem, dos dribles, firulas e recursos de linguagem, é da visão de mundo enformada nessa prosa, inseparável.
Quem assim age é semelhante ao personagem da anedota em que Einstein foi solicitado por um repórter, que insistente pedia A Teoria da Relatividade mais palatável. O paciente cientista se pôs então a explicar a sua teoria em palavras mais simples, recorrendo a imagens do cotidiano. E perguntava:
– Entendeu?
E o repórter respondia:
– Doutor Einstein, eu, sim. Mas os leitores… não haverá um modo mais simples na Relatividade? 
E o cientista voltava com novos recursos de imagens, para perguntar depois de bom tempo:
– Entendeu?
E o repórter, finalmente satisfeito:
– Sim, agora, sim.
E o grande Einstein desalentado:
– É, mas agora já não é a Teoria da Relatividade. 
Ou seja, o Dom Quixote recontado pode ser tudo, mas já não será o Dom Quixote. Espero que a celebração entre nós se dê pelo original, que é impagável.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Jean Wyllys é eleito pela “The Economist” uma das 50 personalidades da diversidade em todo o mundo


No último dia 31 de outubro a revista “The Economist” anunciou a Lista Global da Diversidade, um guia de personalidades que têm colocado a diversidade no coração dos recursos humanos das maiores organizações do mundo. Esta é a primeira vez que uma avaliação global de personalidades e empresas que demonstram um compromisso concreto com a diversidade é compilada. 

Os organizadores, incluindo o ex-diretor de diversidade e inclusão do Google, Mark Palmer-Edgecumbe, dizem que essa lista apontará as fragilidades na avaliação da atuação das empresas no que diz respeito à diversidade. Dentre as categorias, o nome do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) figura dentre as cinquenta personalidades da diversidade na vida pública. Essa categoria reconhece as conquistas de pessoas que vêm usando suas posições na vida pública, por exemplo, como ativista, político ou jornalista para produzir impactos na pauta de diversidade. 

Além de destacar a trajetória de Jean Wyllys como jornalista, professor universitário e ativista LGBT, a Lista Global da Diversidade também reconhece a luta do deputado como o primeiro deputado federal declaradamente homossexual a defender os direitos humanos na Câmara dos Deputados, em especial da população LGBT e dos demais grupos marginalizados, além de lutar por mais investimento em saúde e educação junto com o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). 

A Lista também contempla os 50 profissionais na indústria, os mais importantes consultores de diversidade do mundo, além de fornecer um guia para as dez melhores redes de emprego baseado no respeito às mulheres, LGBTs, etnias e pessoas com deficiência. Milhares de nomes foram enviados pelos leitores da The Economist, de todos os cantos do planeta, para a composição da lista, que foi ratificada por um grupo independente de experts, incluindo Palmer-Edgecumbe; Michael Brunt e Toby Burton (The Economist’s); Linda Riley (Diretora do Global Diversity Awards); e Sarah Kate Ellis (Presidente e CEO do GLAAD). 

Matéria DAQUI

HOJE É O DIA NACIONAL DA CULTURA, DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA E DIA DO CINEMA BRASILEIRO


Considerado o 5º maior país do mundo em extensão territorial, o Brasil possui em sua história uma grande variedade de contribuições étnicas. Essa variedade nos tornou uma nação com uma extrema riqueza cultural. Por esse motivo, o dia 5 de novembro foi escolhido para comemorarmos e, é claro, conhecermos um pouco mais da nossa cultura. 

A data também foi escolhida por um motivo muito especial, a comemoração do nascimento de Rui Barbosa (5 de novembro de 1849). Essa homenagem foi feita, uma vez que ele foi um dos nomes mais influentes na história do Brasil república, seja na questão política ou cultural. 

Algumas curiosidades sobre a data: 

A data foi criada em 15 de maio de 1970, pela lei nº 5579. Existe uma condecoração chamada OMC (Ordem de Mérito Cultural) para premiar grupos artísticos, iniciativas ou instituições em reconhecimento por suas contribuições à cultura brasileira. O OMC existe desde 1995, e já condecorou mais de 500 personalidades com a participação do Ministério da Cultura. 

Algumas curiosidades sobre a cultura brasileira: 

Na cultura brasileira encontramos predominantemente a contribuição dos seguintes povos: os indígenas, os africanos, os italianos, os portugueses e os alemães. 
Outros povos, como os árabes, espanhóis, poloneses e japoneses também contribuíram para a cultura do Brasil, porém, de forma mais limitada. 
A música, a culinária, a literatura, o folclore e o artesanato são as características principais da cultura brasileira. 
Cada região do Brasil, mesmo pertencendo ao mesmo território, possui suas características culturais, mostrando assim, a interligação da cultura com os povos que participaram da colonização do nosso país. Uma boa maneira de saber mais e conhecer cada detalhe da cultura brasileira é visitar os museus Grupos Culturais e Pontos de Cultura, que com suas particularidades, nos envolvem no contexto cultural e nos fazem ter mais orgulho de ser brasileiro. 

Língua Portuguesa 

Além da Cultura, comemora-se, todo 5 de novembro, o Dia Nacional da Língua Portuguesa. É o sexto idioma mais falado no mundo, presente em nove países como língua oficial e em quatro continentes. A expectativa é que, em 2050, 337 milhões de pessoas falem o idioma. Mas apesar da importância, grandeza e riqueza da língua portuguesa, ainda inexiste uma política cultural para ela. 

Com o objetivo de estabelecer bases e princípios que subsidiem a criação de uma política brasileira para a área, o Ministério da Cultura promoverá, em junho de 2016, no Rio de Janeiro (RJ), um encontro internacional da Língua Portuguesa. O evento promoverá a afirmação da língua e aproximará países e povos que interagem com o idioma. Outra expectativa é que o espaço permita avançar no estabelecimento de um mercado comum de bens e serviços culturais entre países lusófonos. 

Cinema Brasileiro 

O Dia do Cinema Brasileiro também é celebrado em 5 de novembro, em homenagem à primeira exibição pública de cinema no país, realizada no Rio de Janeiro em 1896.


Mulheres ampliam participação em políticas públicas


A participação das mulheres na construção de políticas públicas tem chamado a atenção de outros países. “Nos demais países da América Latina, isso não acontece. Neste tipo de ação, o Brasil é inovador, porque faz com que elas usufruam dos seus direitos”, afirma Emma Siliprandi. Ela coordena o projeto Apoio às Estratégias Nacionais e Subregionais de Segurança Alimentar e Nutricional e de Superação da Pobreza em países da América Latina e Caribe, cooperação técnica entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) que leva a experiência brasileira para 10 países da região. 

“Programas sociais que dão às mulheres o papel de protagonistas, como o Bolsa Família e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), têm muito êxito porque reconhecem a capacidade delas de gerir a renda e garantir uma alimentação adequada à família”, explica Emma. Ela participa, junto com 26 delegações estrangeiras, da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que começou nesta terça-feira (3), em Brasília. “As mulheres rurais e urbanas geralmente têm uma dificuldade de participação na política. 

A consequência disso é que as políticas públicas tendem a ter um olhar masculino e não se preocupam com as situações concretas que as mulheres têm que enfrentar na vida cotidiana para garantir a alimentação das famílias”, afirma a coordenadora. 

Alan Bojanic, coordenador residente das Nações Unidas para o Brasil, ressaltou que a Conferência é uma excelente oportunidade para mostrar o modelo brasileiro de construir políticas públicas que tem a participação social como fundamento. “A conferência é uma expressão da participação social, dos estados e municípios. E uma instância ideal para mostrar outras características do modelo brasileiro que conta com a transferência de renda, como o Bolsa Família, e com os programas de apoio à agricultura familiar e de alimentação escolar.” 

O representante da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Naidson Batista, lembra da importância do envolvimento da população para garantir que quase 5 milhões de sertanejos tenham hoje acesso à água de qualidade para consumo e produção. “Hoje as pessoas têm uma água limpa, pura e de qualidade. Quando eu bebo água contaminada, estou consumindo algo de mentira. Quando não tenho água para produzir alimentos, não temos também comida”, aponta. “As cisternas expressam uma política que foi construída a partir de sugestões da sociedade civil para um governo que é capaz de ouvir, de dialogar e de construir junto. Para mim, o sucesso dessa política está nesse processo. Não queremos que isso pare.”

Outra estratégia que as mulheres do campo tiveram acesso foi a assistência técnica, para apoiar que as agricultoras pudessem planejar sua produção e aumentar a renda. Das 358 mil famílias que receberam assistência, 88% são chefiadas por mulheres. Além disso, 137,8 mil das famílias lideradas por mulheres com projetos produtivos apoiados com assistência técnica já estão recebendo recursos de fomento para implantá-los. Além de promover o acesso à água e fomento, o governo federal ampliou os canais de comercialização por meio do PAA. 

As mulheres representam a metade dos agricultores que vendem para o programa. A estratégia integra as ações para o fortalecimento da agricultura familiar, reconhecendo seu importante papel na oferta de alimentos frescos e saudáveis para a população e na promoção da segurança alimentar e nutricional.  ( LEIA MAIS AQUI )

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Escolas da rede estadual abrem 4.950 vagas para cursos técnicos


A Secretaria Estadual de Educação abre inscrição, a partir de hoje (03), para preenchimento de 4.950 vagas para 18 cursos técnicos. As inscrições seguem até o dia 20 de novembro e podem ser feitas, exclusivamente, pelo site da Secretaria Estadual de Educação (http://sisacad.educacao.pe.gov.br/sissel/). Os cursos serão oferecidos nas 28 Escolas Técnicas Estaduais (ETEs) espalhadas no Estado, com duração total de três anos e carga horária integral (Manhã e Tarde – 7h30 às 17h).

Para participar do processo seletivo, o candidato deve comprovar conclusão do ensino fundamental (em 2014 ou 2015) e ter até 17 anos de idade. As provas serão aplicadas de 23 a 28 de novembro, conforme agendamento feito pelo candidato no momento da inscrição.

As matrículas serão feitas no período de 11 a 18 de janeiro de 2016, diretamente na secretaria da Escola Técnica escolhida. No momento da matrícula, o estudante deve apresentar os seguintes documentos: Histórico Escolar original (Ficha 18); Certidão de Nascimento; Carteira de Identidade (RG); Cadastro de pessoa física (CPF); Preenchimento da Ficha de matrícula fornecida pela Secretaria da Escola Técnica; 02 fotos 3X4; Comprovante de residência com CEP.

Os cursos disponíveis são nas áreas de Administração, Agroecologia, Agropecuária, Comércio, Comunicação Visual, Design de Interiores, Edificações, Eventos, Hospedagem, Informática, Informática para internet, Logística, Manutenção e Suporte em Informática, Meio Ambiente, Multimídia, Nutrição e Dietética, Programação de Jogos Digitais, Redes de Computadores.

As 28 ETEs onde serão ofertados os cursos estão localizadas em 24 municípios do Estado. São eles: Araripina, Carnaíba, São José do Belmonte, São José do Egito, Serra Talhada, Sertânia, Bezerros, Bonito, Gravatá, Lajedo, São Bento do Uma, Santa Cruz do Capibaribe, Surubim, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Carpina, Escada, Goiana, Jaboatão dos Guararapes, Limoeiro, Palmares, Paulista (Janga), Recife (ETEPAM – Encruzilhada, ETEASD - Santo Amaro, ETE Caxangá, ETE Cícero Dias, ETE Macaxeira), Timbaúba.

Confira aqui a lista dos cursos oferecidos

Mais informações: (81) 3183.9862 ou 3183.9866.
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