sábado, 9 de abril de 2016

DO JORNAL DO COMMERCIO: Sertão do Pajeú mostra nova geração literária e musical.


Escritores sertanejos mantém uma produção farta e de qualidade, que escoam graças à determinação
A poesia do Sertão do Pajeú de Pernambuco não se foi com os trocadilhos de Lourival Batista, ou com o lirismo de Rogaciano Leite. Pelo contrário, seus versos, junto com os de tantos outros poetas sertanejos, germinaram uma nova geração de artistas pajeusenses, que estão conseguindo realizar suas obras artísticas e distribuí-las sem depender de grandes apoios financeiros, contando apenas com o companheirismo dos demais artistas.A militância de artistas como esses está presente, acima de tudo, no ato de permanência produtiva cultural. São diversos eventos mensais e anuais que acontecem por meio de colaborações artísticas e pequenos incentivos privados – geralmente do comércio local –, fazendo com que a cena continue caminhando. A dinâmica segue da seguinte maneira: quando o evento acontece na cidade “x” os poetas e músicos dos municípios vizinhos vão participar sem cobrar nada além de uma ajuda de custo. Assim, é como se existisse um rodízio de eventos democráticos e sem fins lucrativos em prol do público e dos próprios poetas que defendem a cultura sertaneja. Artistas de cachês mais altos, como Flávio Leandro e Irah Caldeira, também costumam participar de alguns desses eventos, requisitando unicamente transporte e hospedagem – Irah, por exemplo, já se apresentou por nove anos consecutivos na Missa do Poeta, em Tabira, sem pedir remuneração.
Segundo o professor, produtor e poeta Genildo Santana, de Tabira, membro da Associação dos poetas e prosadores de Tabira (APPTA), uma mesa de glosas de qualidade pode ser custeada com cerca de R$ 1,5 mil. 
Cadeia produtiva motiva a fé
Nesse cenário independente, a produção e a distribuição dos livros são feitas pelos próprios poetas, e o serviço de impressão acontece, na grande maioria das vezes, através de gráficas particulares situadas na região, tudo custeado pelo autor, sem editoras. Os músicos gravam, mixam e masterizam suas próprias músicas. Os artistas usam as redes sociais na hora de difundir e até mesmo vender seus produtos, sejam CDs, livros, cordéis, ou qualquer outro material.
 Zé Adalberto, poeta, produtor e escritor independente de Itapetim, é autor dos livros Cenário de Roedeira e No Caroço do Juá, além de vários cordéis e um CD de declamações que fez junto com os poetas Alexandre Morais e Genildo Santana intitulado de Retrato Três por Três. Recentemente, Zé Adalberto fechou contrato com a Design Editora e Gráfica para produzir o seu novo livro, Real ou Imaginário: Circo é Diversão. “O que dificulta muito é que não podemos vender os livros para o governo já que essas obras são quase sempre sem registro, sem falar que a tiragem é bem curta. O CD com Alexandre e Genildo foi feito para pagar os custos da viagem do divulgação de um dos meus livros. O lado bom de se estar com uma editora é que o seu poder de alcance cresce: o meu novo livro, por exemplo, irá para alunos filhos de brasileiros no Canadá”, diz o poeta.
zé adalberto
Zé Adalberto                                                                                    
Vinícius Gregório, de São José do Egito, membro do grupo Baião de Nós Três, disponibilizou para download gratuito o seu CD de declamações.
Antônio Marinho, de São José do Egito, integrante do Em Canto e Poesia e produtor da Festa de Louro, comenta: “O artista tem que fazer o que é verdade para ele. Quando você faz de verdade, você termina se juntando a outras pessoas, a outras artes, e fazendo parte de uma natural coletividade. Eu acho que não é pensar num produto de venda, mas pensar realmente em como que você deseja fazer enquanto artista. Acho que isso já é militar o bastante, fazer a verdade e deixar que a arte se sobressaia antes de tudo.”
mulheres
Foto de Bernardo Ferreira/Divulgação (Da esquerda para a direita, em pé, Gislândio Araújo, Alexandre Moraes, Ayrton Queiroz, Dudu Morais, Lucas Rafael, Genildo Santana, Lenelson Piancó, Dayane Rocha, Henrique Brandão, Lima Júnior, Marcos Freitas, Zé Adalberto e Jorinha Ferreira; Sentados, da esquerda para a direita, Vitória Fernarndes Izabela Ferreira, Dayane Lopes, Thyelle Dias, Neci de Arnaldo, Kamila Leite e Lucivânia Bernardo).

CONHEÇA
 
Músicos:
 
Alguns dos tantos artistas musicais são: As Severinas, trio de poetisas que misturam forro pé de serra com poesia; Em Canto e Poesia, trio de músicos e poetas interpretando e produzindo versos e cantigas; Baião Nós Três, com pouco tempo de estrada mas muito de poesia; Vozes e Versos, banda mais regional, com forró pé de serra e poesia; Mambembes, que mistura alguns estilos com a vertente regional; Xote do Bem, banda de forró que interpreta versos de poetas regionais;Henrique Brandão, Poeta e cantor, que recentemente lançou seu primeiro vídeo clipe da música Réu Confesso.
 
Escritores:
 
Abrão Filho, de Brejinho-PE; Alexandre Morais, de Afogados da Ingazeira-PE;Arlindo Lopes, de São José do Egito-PE; Dedé Monteiro, de Tabira-PE; Dudu Morais, de Tabira-PE; Egito Siqueira, de São José do Egito-PE; Genildo Santana, de Tabira-PE; Geni de Fonte, de Itapetim-PE; Gonga Monteiro, de Tabira-PE; Lenelson Piancó, de Itapetim-PE; Lima Júnior, de Tuparetama-PE; Nenem Patriota, de São José do Egito-PE; Paulo Monteiro, de Tabira-PE; Vinícius Gregório, de São José do Egito; Zé Adalberto, de Itapetim-PE.

EVENTOS POPULARES

Caçuá da Cultura, produzido pelo poeta Fernando Marques, em São José do Egito;Balaio Cultural, também produzido por Fernando Marques, em Tuparetama;Cestão da Cultura, organizado pelos poetas Gislândio Araújo e Ayrton Queiroz, com contribuição da Secretaria de Educação de Brejinho; Cantilena, organizada pelo poeta Luizinho, em Ingazeira; Festa de Louro (anual, nos dias 4, 5 e 6 de janeiro), organizado pela família Marinho, com apoio de órgãos público e privado;Itapetim DiVerso, organizado pelos poetas e escritores Zé Adalberto e Lenelson Piancó e com o apoio da prefeitura, em Itapetim; Mesa de Glosas para a Mulher, produzida também pelo poeta Zé Adalberto e com o apoio da prefeitura local, em Itapetim; Missa do Poeta (anual), em Tabira, organizada pela Associação de Poetas e Prozadores de Tabira; Serra Cultural, produzida pelo poeta e músico Henrique Brandão, em Serra Talhada; O Pajeú em Poesia (25/12 – anual), organizada pelo poeta e escritor Alexandre Morais, em Afogados da Ingazeira.

Foto: Rayane Brito/ Bernardo Garapa

quarta-feira, 30 de março de 2016

REVISTA PAJEUZEIRO, O PRIMEIRO SUPLEMENTO CULTURAL DA REGIÃO

Por Willian Tenório / Via Nill Junior
Revista Pajeuzeiro – Edição 01 - FINAL A2Revista Pajeuzeiro é o primeiro suplemento cultural dedicado à cultura popular e tradicional do Sertão do Pajeú, a revista tem distribuição gratuita nas cidades da região.
Nesta primeira edição temos como capa o artista Edierck José, numa entrevista em que ele fala um pouco de sua trajetória. Na coluna “Um Papo no Boteco”, Alexandre Morais e Genildo Santana conversam com o poeta de Itapetim, Zé Adalberto.
A revista conta ainda a colaboração da professora Uilma Queiroz em uma matéria sobre o protagonismo das “Artesãs pajeuzeiras”, do poeta Vinicius Gregório com o texto “Como surge a inspiração?” e a professora Wivianne Fonseca traz uma reflexão sobre “Cultura e Escola”.
Você pode fazer o download da revista e ter acesso na integra a seu conteúdo através do site – www.revistapajeuzeiro.com.br – e no facebook – facebook.com/revistapajeuzeiro.


Se você é professor e quer trabalhar o conteúdo da Revista Pajeuzeiro com seus alunos, entre em contato conosco através do e-mail – revistapajeuzeiro@gmail.com . O projeto tem incentivo do Funcultura, da Fundarpe, da Secretaria de Cultura e do Governo do Estado de Pernambuco.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

BICHAS -DOCUMENTÁRIO PERNAMBUCANO CONTRA A HOMOFOBIA



Para disseminar ideais de tolerância, aceitação das diferenças e ainda ajudar no combate ao preconceito contra homossexuais, o publicitário pernambucano Marlon Parente lançou esta semana o documentário Bichas.

A obra sugere uma desconstrução do significado repressor do termo, amplamente difundido, em todas as esferas da sociedade. O produto audiovisual acompanha a crescente leva de instrumentos criativos contra a homofobia. 

Uma série de seis entrevistas deu origem ao Bichas, que começou a ser gravado em novembro de 2015. Temas como o momento de se assumir, a relação com a sociedade, o empoderamento e aceitação pessoal são algumas marcas do documentário.  / www.bichas.com.br
www.facebook.com/bichasdoc

ASSISTA O DOCUMENTÁRIO: 


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

PARTICIPE DO 1° ENCONTRO DAS JUVENTUDES DE TUPARETAMA


A Comissão Municipal Pró Selo Unicef 2013-2016 composta pela Prefeitura de Tuparetama e suas secretarias, Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente, Conselho Tutelar e igrejas de Tuparetama estará realizando na próxima semana o 1° ENCONTRO DAS JUVENTUDES DE TUPARETAMA que tem como objetivo principal a realização de oficinas e trabalhos coletivos propostos pela Unicef com base no material "Competências para a vida - trilhando caminhos da cidadania". 

Voltado para educadores e para os próprios adolescentes, este material sugere uma série de conteúdos e práticas que podem contribuir para que a adolescência seja vivenciada de forma plena, com acesso aos direitos e participação em processos decisórios Vivem hoje no Brasil 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 17 anos, o que equivale a 11% da população brasileira. Com uma participação percentual tão significativa dos adolescentes no total da população, o Brasil tem uma grande oportunidade de desenvolvimento. Mas para que essa oportunidade se traduza na prática, é preciso romper o preconceito social que ainda enxerga esse grupo como um problema e implementar ações que apoiem o desenvolvimento integral desses meninos e meninas. 

O UNICEF observou que para garantir o desenvolvimento das adolescências, contemplando sua diversidade, alguns temas não podem deixar de ser trabalhados pela família, pela escola, pela comunidade e pelos próprios adolescentes. Alguns desses temas são propostos nas oficinas do 1° ENCONTRO DAS JUVENTUDES DE TUPARETAMA. 

As oficinas serão realizadas em 3 pólos do município visando a participação do maior número de jovens de todas as localidades. Os pólos são a cidade (sede), o Bairro Bom Jesus e o Distrito Santa Rita. Os jovens interessados em participar das oficinas (veja lista abaixo) poderão se inscrever nas suas próprias escolas


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

CORAÇÃO DE MÃE NÃO SE ENGANA


Por Dah Vini

Vinicius- Alô! Marcus? É Vinicius! Tô em Timbaúba!
Marcus- Oi, Vinicius! É Marcus.
Vinicius- Marcus, Minha mãe está aí?
Marcus- Sua mãe está aqui, quer falar com ela?
Vinicius- Quero, Marcus. Obrigado!
Mãe - Ele disse: quero Marcus. Ele quer falar com você, Marcus!
Vinicius- Não Mãe! Ele passou rápido o telefone. É com a senhora mesma.
Marcus- Não, D.Margarida! Ele disse que é com a senhora mesma.
Vinicius- Ai, meu Deus! Bicho leso da gôta! Esse cara é gay, só pode!
D. Margarida- Que cara, meu filho? É mamãe falando. Marcus me deu o telefone.
Vinicius- Sou eu, Mainha! Vinicius.
D. Margarida- Você é gay?
Vinicius- Não mãe!
Mãe - Meu filho! Não minta prá mim! Eu ouvi você dizendo que era gay. Marcus fala aqui com ele! Ele deve estar sem coragem de me dizer a verdade. Talvez com você ele fale.
Marcus- Vinicius. É Marcus! Pode falar a verdade pra mim. Somos como irmãos e eu te aceito de qualquer jeito, cara.
Vinicius- Eu não disse que eu era gay! Mainha entendeu tudo errado. Eu disse que você era gay.
Marcus- D. Margarida! Não quero mais falar com seu filho, tome. Ele tá dizendo que eu é que sou gay, né fogo? A gente quer ajudar e...
D. Margarida- Alô, filho? Páre com isso.
Vinicius- Mãe! Preste atenção! Ninguém é gay! Esqueça isso! Tá tudo errado!
D. Margarida- Não. Não está nada errado! Não me incomodo que você seja gay. Eu serei sua mãe de qualquer jeito, eu te amo, filho!
Vinicius- Mãe! Pare e ouça! Deixe eu explicar.
D. Margarida- Não precisa explicar, filho! Eu sempre soube.
Vinicius- Soube o quê, mãe? EU GOSTO É DE MULHER!
D. Margarida- Eu sei, filho! Você sempre ficava brincando com as meninas na escola. Desde pequeno que você é assim.
Vinicius- Mãe! Você não sabe de nada!
D. Margarida- Sei, filho! Sempre soube. Sempre soube de tudo, mas lhe respeitei e achei que essa hora um dia ia chegar.
Vinicius- Que hora?  Mãe! Por favor...Mãe, calma. Vê só...Droga! Caiu a ligação! ODEIOOOOO A TIM!
*
Marcus- Alô! Rodrigo? É Marcus!
Rodrigo- Diz aí, brother!
Marcus- Rapá! Tu não sabes da maior!
Rodrigo- Diz aí! O que rola?
Marcus- É uma bomba sobre Vinicius.
Rodrigo- Aí dentro! O que houve com ele? Acabou o namoro?
Marcus- Pior!
Rodrigo- Pior como? Ela acabou?
Marcus- Pior!
Rodrigo- Foi pro Alto do Jorge achando que estava em Porto de Galinhas?
Marcus- Ahahahah Pior!
Rodrigo- Transou com uma novinha e ela está grávida de tri gêmeos, a avó da nêga disse que criava o bebê, assim, ela podia ter mais 5?
Marcus- Pow! Ahahahaha Pior.
Rodrigo- Ele bateu em D. Margarida? Ele roubou um cell e disse que era cleptomaníaco? Ele se casou com Zyca e pegou Chicoguñya?  Sei não, cara.  Diz aí!
Marcus- Ahahahah.  Eu admiro Vinicius pra burro! Ele assumiu pra mãe dele que é gay!
Rodrigo- Gay? Vinicius é gay?
Marcus- A mãe dele disse quesempre soube. Ele brincava de boneca e tal...ahahah
Rodrigo – Ôxe! E coração de mãe não se engana, né?

[]
Dah Vini
Natural de Recife-PE, é
Professor/ Agitador Cultural/ Artista Plástico


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Abrasco critica uso de agrotóxicos no combate ao Aedes Aegypti


Entidade que reúne pesquisadores da saúde coletiva afirma que o uso de agrotóxicos pela Saúde Pública não tem tido efetividade, não diminui a infestação pelo Aedes e provoca danos sérios às pessoas

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) lançou nesta semana uma Nota de Alerta criticando a atuação do Ministério da Saúde frente à epidemia de Zika e Microcefalia. O ṕrincipal eixo da nota questiona o uso de agrotóxicos no combate ao mosquito, ao invés da implementação de ações de saneamento ambiental e fornecimento regular de água.


Junto à Nota de Alerta, grupos de trabalho (GTs) da Abrasco assinaram uma Nota Técnica onde detalham os erros cometidos há décadas no modelo de combate ao mosquito Aedes Aegypti.


A nota explica o contexto de surgimento da atual epidemia, e ressalta que "a distribuição espacial por local de moradia das mães dos recém-nascidos com microcefalia (ou suspeitos) é maior nas áreas mais pobres, com urbanização precária e com saneamento ambiental inadequado, com provimento de água de forma intermitente".


O armazenamento domiciliar inseguro de água gera condição muito favorável para a reprodução do Aedes aegypti, constituindo-se em “criadouros” que não deveriam existir, e que são passíveis de eliminação mecânica.


Apesar disso, a abordagem tem sido de mais envenenamento da população. De acordo com a nota, "em 2014 foi introduzido na água de beber das populações nos domicílios e nas vias públicas um novo larvicida: o Pyriproxyfen. (...) que age por desregulação endócrina e é teratogênico e inibe a formação do inseto adulto." De acordo com a legislação brasileira, essas características impediriam um agrotóxicos de uso agrícola de ser registrado.


Os GTs da Abrasco destacam ainda que diversos produtos utilizados no controle vetorial do Aedes aegypty, como o Fenitrothion, Malathion e Temephós vem sendo estudados desde 1998, no Departamento de Química Fundamental da UFPE e mostram ter efeitos potencialmente carcinogênicos para humanos.


Há ainda a denúncia de que os fornecedores deste venenos são os mesmos cartéis de empresas produtoras de agrotóxicos que operam na agricultura.


A nota técnica conclui com 13 reivindicações, sendo a primeira e principal a "Imediata revisão do modelo de controle vetorial. O foco deve ser a ELIMINAÇÃO DO CRIADOURO e não o mosquito como centro da ação; com a suspensão do uso de produtos químicos e adoção de métodos mecânicos de limpeza e de saneamento ambiental. Nos reservatórios de água de beber utilizar medidas de limpeza e proteção da qualidade da água e garantia de sua potabilidade".


A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida apoia os GTs da Abrasco nesta iniciativa e exige o fim imediato do envenenamento da população pobre do Brasil.


Leia a nota completa aqui 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Jovem paraibano cria o novo “WhatsApp” e seis países já usam o aplicativo


Felipe Jonas, de 23 anos, morador da cidade de Cachoeira dos Índios, no Sertão da Paraíba, desenvolveu um aplicativo gratuito de troca de mensagens para celular que já foi instalado por mais de 50 mil pessoas do mundo inteiro. Além do Brasil, usuários de países como Angola, Índia, Estados Unidos, Moçambique e Itália também baixaram o aplicativo desenvolvido pelo paraibano.
Na cidade natal do jovem programador, com pouco mais de 9 mil habitantes, conversar na calçada, sentado em uma cadeira de balança, ainda é uma cena comum. Mas pouco a pouco, os jovens trocaram a conversa pessoal, pela virtual. Felipe conta que a paixão pela informática começou cedo, aos 13 anos, quando ganhou o primeiro computador do avô. Na época, por conta da baixa renda do pai, pedreiro, e da mãe, diarista, o jovem não tinha como acessar a internet de casa.
“A cidade naquele tempo só tinha uma lan house. Como eu não tinha internet em casa, tinha que ir na lan house pesquisar alguma coisa, colher informações, ir para casa e estudar. Salvava as informações em um CD, às vezes dava errado. Com o pouco dinheiro que tinha naquele tempo, voltava para lan house para continuar as pesquisas”, comentou.

Com a curiosidade, passou a pesquisar sobre todos os assuntos relacionados à informática e passou a ganhar dinheiro com isso. Começou gravando CDs por encomenda para os amigos, depois investiu na criação de sites, mesmo sem nunca ter feito um curso na área e estudado apenas até o primeiro ano do ensino médio.

Atualmente, a principal renda da família vem da empresa que ele montou, uma provedora de internet. De acordo com o jovem, a empresa possui mais de 300 clientes na cidade. “A gente vê grandes empresas. É difícil concorrer com essas empresas”, completou. Foram seis meses apenas de pesquisas até que o aplicativo fosse colocado para download em uma loja virtual para smartphones.

O aplicativo desenvolvido pelo paraibano, batizado de “Zap!”mescla diferentes funções de outros aplicativos de troca de mensagens. A principal delas é a da autodestruição, na qual você envia uma mensagem e pode calcular por quanto tempo ela ficará visível para os outros usuários.

No dia 17 de dezembro, quando o principal aplicativo de troca de mensagens ficou fora do ar no Brasil por decisão judicial, o número de downloads do “Zap!” aumentou em 50%. “Bombou. Só via gente adicionando e comentando que tinha encontrando uma boa alternativa, apontando os pontos positivos”, relatou o jovem. Mesmo sem ter retorno financeiro com o aplicativo, o jovem garante que vai continuar pesquisando para aprimorar o serviço. “A minha paixão por tecnologia não vai acabar nunca”, completou.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

SOU TODO OUVIDO!


Dah Vini

ALUNO - Vini, tas escrevendo o quê?
VINI – Não sei ainda, mas acho que algo sobre o retorno de Moisés.
ALUNO – O que abriu o mar?
VINI – Sim.
ALUNO – E ele, em seu retorno abrirá o quê?
VINI – O…
ALUNO –Vini... Perguntar não ofende!
VINI – Fica peixe! Acho que, no conto, ele voltará pra abrir os armários.
ALUNO – Aí dento! Ele é quem vai ser crucificado dessa vez.
VINI– Talvez, mas em compensação, abrirá uma coisa plausível.
ALUNO –Vini, esquece isso! Por que você não escreve sobre…Talvez, algo como…Caim Formiga e Abel Cigarra? - Não daria certo porque a Formiga mataria a Cigarra, né?  Que tal...A nova higiene furuncular dos jovens ”péla-pelos?”- Já sei! Escreve sobre alunos e professores contra o celular em sala de aula é uma arma contra…Ninguém, né? Também não funciona porque o aluno não é contra, né? Ah!’ Sódama  ou  go, morra!’ (A história de uma travesti). Não gostou de nada, não foi, Vini? E essa: “Eu falo”! A história da metodologia das pesquisas linguísticas e literárias do jovem Brennand e o objeto fálico?
VINI– Gostei de: Eu Falo! A história de um cara que não deixava ninguém falar e se metia em tudo!
ALUNO– Esse cara por acaso sou eu, Vini?
VINI– Não! Você não é assim, é?
ALUNO– Agora, se você quiser escrever uma coisa mais paradoxal…Escreva sobre esse tal de abre-mar abrindo um mar que não está pra peixe,  que obviamente não fará sucesso algum.
VINI – Mas eu acho que…
ALUNO – Por que você não escreve sobre seus sentimentos atuais? Fale sobre o Sertão que virou mar depois que você chegou nele. Você pode falar do mandacaru, da jurema preta, da algaroba, da batata da raíz do umbuzeiro…
VINI– Já seiiiiiii!
ALUNO– Sabe? Não vai ser "O cara que abriu o mar", Vini?
VINI – Não. Se intitulará: O aluno que transformava diálogo em monólogo.
ALUNO – Tendi! Desculpe,Vini! É que adoro ouvir suas histórias e...
VINI - Ouvir minhas histórias? Verdade! Kkkk relaxa! Vamos na casa de Biu da farmácia comprar esparadrapo.

[]

Dah Vini
Natural de Recife-PE, é
Professor/ Agitador Cultural/ Artista Plástico

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