Nós cidadãos comuns mal sabemos que se passa neste país, consumidores desatentos e ludribiados pela mídia pasteurizada. Que dirá então saber o que acontece com nossos irmãos, vizinhos dessa américa imensa e desarticulada.
Daí é grande a surpresa e o choque diante de informações como estas, lidas no ótimo Tordesilhas: "O jornal El Tiempo, da Colômbia, publicou uma reportagem especial sobre o processo de busca dos desaparecidos no conflito interno que há mais 40 anos opõe narcotraficantes, guerrilheiros, paramilitares e forças armadas. Os números variam entre 10 mil e 30 mil pessoas, a maioria pobres e moradores das zonas rurais. As histórias são arrepiantes, inacreditáveis. Deixa no chinelo o que aconteceu nos Bálcãs e só tem paralelo nos massacres sistemáticos perpetrados por grupos como Khmer Vermelho ou pelas tropas de assassinos da SS que acompanhavam o exército alemão e aplicavam imediatamente a “solução final”. Os depoimentos são tocantes e muitos realmente surpreendentes, como a revelação de que grupos de paramilitares mantinham “escolas de assassinos” nas quais seus membros aprendiam a esquartejar suas vítimas treinando in loco em campesinos que eram seqüestrados com o único propósito de servirem de cobaias nas “aulas práticas”. Eram esquartejados vivos, peça a peça, como uma forma de fazer com que o algoz se acostumasse com o sofrimento e a morte. Parece absurdo? Pois é, e isso acontece logo ali, na Colômbia, no meio da América do Sul."
Texto completo aqui, com links para a reportagem e fotos
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