domingo, 22 de abril de 2007

BOMBA NA PACIÊNCIA

Até então as maiores agressões da banda MASTRUZ COM LEITE eram contra o forró, a mpb e o bom gosto. Nem quando gravaram uns cds com repertório de bons artistas populares ( Gonzagão, Pinduca...) nos convenceram de possuir alguma qualidade.

Mas vá lá, somos tolerantes pouco exigentes. E por causa disso, mais jabás e investimentos do mercado fonográfico, a banda cresceu, faz sucesso.

Só que agora eles passaram dos limites!
É de uma irresponsabilidade tremenda gravar e divulgar essa coisa intitulada BOMBA NO CABARÉ. Uma inacreditável mistura de preconceito, incitação à violência e desvalorização da mulher.

Maior ainda a irresponsabilidade das rádios e dos comunicadores pernambucanos que tocam essa música. Basta lembrar que Pernambuco é o estado com maior índice de violência contra a mulher.

Fala-se em proibir a música, recolher cds. Até o governador Eduardo Campos se manifestou a respeito da gravação. Eu sou terminantemente contra qualquer tipo de censura. Há outros caminhos para educar essa gente. Por que não um bom processo judicial contra o compositor e a gravadora?

Para você que não conhece a letra:

BOMBA NO CABARÉ
Mastruz com Leite


Jogaram uma bomba, no cabaré...
Voou pra todo canto pedaço de mulher ( + 1x)

Foi tanto caco de puta voando pra todo lado
Dava pra apanhar de pá, de enxada e de colher!

No meio da rua tava os braços de Teresa,
No meio-fio tava as perna de Raché,
Em cima das telha os cabelo de Maria,
No terraço de uma casa tava os peito de Isabé!

Aí eu juntei tudo e colei bem direitinho
fiz uma rapariga mista, agora todo homem quer!

Pode jogar uma bomba lá no cabaré,
Que eu junto os cacos das puta
Pra fazer outra mulher!( + 3x)

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