sábado, 24 de outubro de 2009

Escola de Sertânia (PE) ganha prêmio VIVALEITURA 2009

A cerimônia de entrega do Prêmio Vivaleitura 2009 aconteceu na noite de quinta-feira, 22 de outubro, no Museu da Língua Portuguesa, Estação da Luz, em São Paulo.

Na abertura da solenidade, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, falou da importância da formação de leitores no Brasil e destacou o objetivo do projeto, que é tornar o Brasil um país de leitores, e o papel da escola nessa ação. Também citou a importância das bibliotecas como grandes centros culturais em evolução, bastante ativos, além de enfatizar a relevância dos Pontos de Leitura. Para o ministro Juca Ferreira, o brasileiro ainda lê muito pouco, cerca de 1,7 livro per capita/ano. “O livro e a leitura precisam ser melhor apresentados nas escolas para que não sejam considerados pelos alunos uma tarefa árdua e chata”, disse.

Uma iniciativa da sociedade como o Prêmio Vivaleitura, segundo o ministro da Cultura, é uma demonstração de que o livro faz parte da contemporaneidade, “não é uma ferramenta superada diante das novas tecnologias”. Ele atribuiu à família, à escola e às bibliotecas a tarefa de aumentar o número de leitores, creditando um peso maior às escolas.

Quinze projetos finalistas concorreram à premiação nas categorias Bibliotecas Públicas e Privadas, Escolas Públicas e Privadas e Instituições e/ou Pessoas Físicas. Em cada uma, os contemplados receberam o prêmio de R$ 30 mil. Conheça os vencedores:

Bibliotecas Públicas e Privadas

O projeto vencedor foi O Caminho da Leitura, de Campinápolis (MT). A iniciativa combate o analfabetismo entre os indígenas da região através de uma biblioteca que professores e caciques construíram dentro da aldeia Xavante “Semente Viva”. O índio Ciro José Sahairo, responsável pelo trabalho, recebeu o prêmio na cerimônia e declarou que o direito à educação é de todos os brasileiros. Com o valor recebido do Vivaleitura, prometeu construir um galpão para abrigar um acervo ainda maior.

Escolas Públicas e Privadas

O projeto vencedor foi o trabalho Flis - Festival Literário do Sertão, de Sertânia, município do interior de Pernambuco situado no sertão de Moxotó, área que representa um dos índices mais baixos de IDH do estado. O festival é realizado pela escola pública, Olavo Bilac, para valorizar a produção literária local e a identidade cultural da região. Em suas duas primeiras edições, o Festival promoveu atividades como saraus, palestras, leitura de contos, poesias e encenações sobre autores e artistas locais. Mais de duas mil pessoas, entre alunos, professores, pais e responsáveis já foram beneficiadas pelo projeto. Segundo o professor de português e literatura da escola, Josessandro Batista de Andrade (na foto), que também é o idealizador do Flis, os resultados são visíveis: “desde 2007 registramos um aumento contínuo no número de livros retirados em empréstimo na biblioteca da escola, os alunos criaram um jornal de poesia, chamado “O Nascer do Poeta”, com obras próprias e dos professores, e com o apoio de comerciantes locais realizamos encontros de autores e poetas da região”, diz. Segundo o professor, o próximo Flis acontecerá no mês que vem, entre os dias 15 e 17, sob o tema “Os 60 anos da escola Olavo Bilac - uma usina de talentos”.

Instituições e/ou Pessoas Físicas

O trabalho Poesia Viva - A Poesia Bate à sua Porta, de Mariana (MG) venceu na terceira categoria do prêmio. Idealizado pela artista plástica, Andréia Aparecida Silva Donadon Leal, o projeto bate de porta em porta, nas casas, estabelecimentos comerciais e escolas da cidade e municípios vizinhos, para ler contos, romances e poesias às pessoas. Com a verba do prêmio, Andréia pretende publicar as obras dos poetas da associação e ampliar o acervo de livros que é distribuído pelo projeto. Atualmente, o “Poesia Viva” acontece em Mariana, Ouro Preto, Santa Bárbara, Belo Horizonte e Ipatinga.

(Fonte/texto: Ministério da Cultura)

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